DESCOBRINDO COM OS ALUNOS O PRAZER DE OUVIR HISTÓRIAS DOS COMPOSITORES E SUAS MÚSICAS.
Através dos estudos realizados nas disciplinas do curso de pedagogia a distância da UFRGS, estou cada vez mais desenvolvendo meu senso crítico em relação a programas de televisão e de rádio, tanto na vida pessoal como na profissional.
Não paro de refletir sobre o texto: Por que você ouve tanta PORCARIA? de AVILA, Alison
Conversando sobre música na sala de aula.
Levei os alunos para o laboratório de Informática, coloquei o CD do livro sobre Histórias da Música Popular Brasileira para Crianças das autoras (CIT, Simone e TEIXEIRA,Iara) no servidor, como já tínhamos conversado previamente sobre as histórias que continha no CD, eles obtaram pela história do Pixinguinha e os peixinhos do mar. O engraçado que eu comecei a ler a história, mas tive que parar, porque eles já estão lendo e estavam sentados de três por computador, eles foram lendo e clicando, eu achei interessante eles explorarem sozinhos com a minha intervenção quando se fazia necessária. O que mais chamou atenção deles foram os apelidos do compositor Alfredo da Rocha Vianna Filho, que primeiro era chamado de Pizindim, que quer dizer menino bom na língua africana, isto chamou mais atenção porque eles já tinham trabalhado e discutido sobre: O Dia da Consciência Negra. E depois de Pixinguinha, por causa da Varíola que tinha pegado. Os meninos adoraram, ainda mais porque ele era fanático por futebol, e eles também são. E que desde criança gostava de música.
Depois deste trabalho sobre a história coloquei o CD com a música Samba na Areia, começamos a cantar e a sambar na sala de aula foi uma festa.

Depois do prazer de sambar e cantar. Sentamos e escutamos o ritmo da música e sentimos a melodia, procuramos identificar alguns instrumentos, inclusive ao ler a letra da música alguns alunos conheciam alguns instrumentos que aparecia na letra, como por exemplo, o berimbau, uma menina disse que o pai dela toca e tem um em casa, outro menino disse que o avô toca cavaquinho. A curiosidade foi entorno da palavra realejo e rabeca, estes instrumentos eles nunca tinham ouvido falar. Acabamos procurando no dicionário.
Após esta escuta e conversa, procurei mostrar para eles que a música tem ritmo, ensinei os passinhos que aprendi na última aula com a professora Rosinha. 1, 2, 3, 4 e 1 e 2 e 3 e 4.

Depois fizeram desenhos e pintaram sobre a música Samba na Areia.

Foi interessante esta experiência com os alunos ao apresentar para eles outro tipo de música, que eles não estão acostumados a ouvir. Segundo o texto da Revista Aplauso, Porto Alegre, ano 3, nº22, 2000. “A música brasileira aconteceu, e certamente acontecerá. Mas fora dos meios de comunicação, e certamente fora do Festival de Música Brasileira da Rede Globo.” Sendo assim a sala de aula se torna um espaço de aprendizagem onde a música brasileira pode acontecer, e nos professores estamos fazendo no nosso papel de trazer cultura para nossos alunos ao trazermos música que não seja as de interesse da mídia. A indústria transforma a música e os artistas em produto, esquecendo-se que a música faz parte da cultura.
Ao contar um pouco da história do compositor, eles demonstraram maior interesse em conhecer as demais histórias, e ao ouvir a composição de Pixinguinha eles adoraram, e queriam continuar a cantar, prometi que na próxima aula vou apresentar outro compositor e outra música. Eles também querem que eu imprima para eles a letra deste, para cantar em casa.
Explorei nesta atividade a música, a contação de história e a expressão corporal na dança (Teatro é expressão corporal).