quinta-feira, 29 de novembro de 2007

HISTÓRIAS E MÚSICAS PARA CRIANÇAS

DESCOBRINDO COM OS ALUNOS O PRAZER DE OUVIR HISTÓRIAS DOS COMPOSITORES E SUAS MÚSICAS.
Através dos estudos realizados nas disciplinas do curso de pedagogia a distância da UFRGS, estou cada vez mais desenvolvendo meu senso crítico em relação a programas de televisão e de rádio, tanto na vida pessoal como na profissional.
Não paro de refletir sobre o texto: Por que você ouve tanta PORCARIA? de AVILA, Alison

Conversando sobre música na sala de aula.

Levei os alunos para o laboratório de Informática, coloquei o CD do livro sobre Histórias da Música Popular Brasileira para Crianças das autoras (CIT, Simone e TEIXEIRA,Iara) no servidor, como já tínhamos conversado previamente sobre as histórias que continha no CD, eles obtaram pela história do Pixinguinha e os peixinhos do mar. O engraçado que eu comecei a ler a história, mas tive que parar, porque eles já estão lendo e estavam sentados de três por computador, eles foram lendo e clicando, eu achei interessante eles explorarem sozinhos com a minha intervenção quando se fazia necessária. O que mais chamou atenção deles foram os apelidos do compositor Alfredo da Rocha Vianna Filho, que primeiro era chamado de Pizindim, que quer dizer menino bom na língua africana, isto chamou mais atenção porque eles já tinham trabalhado e discutido sobre: O Dia da Consciência Negra. E depois de Pixinguinha, por causa da Varíola que tinha pegado. Os meninos adoraram, ainda mais porque ele era fanático por futebol, e eles também são. E que desde criança gostava de música.


Depois deste trabalho sobre a história coloquei o CD com a música Samba na Areia, começamos a cantar e a sambar na sala de aula foi uma festa.


Depois do prazer de sambar e cantar. Sentamos e escutamos o ritmo da música e sentimos a melodia, procuramos identificar alguns instrumentos, inclusive ao ler a letra da música alguns alunos conheciam alguns instrumentos que aparecia na letra, como por exemplo, o berimbau, uma menina disse que o pai dela toca e tem um em casa, outro menino disse que o avô toca cavaquinho. A curiosidade foi entorno da palavra realejo e rabeca, estes instrumentos eles nunca tinham ouvido falar. Acabamos procurando no dicionário.
Após esta escuta e conversa, procurei mostrar para eles que a música tem ritmo, ensinei os passinhos que aprendi na última aula com a professora Rosinha. 1, 2, 3, 4 e 1 e 2 e 3 e 4.

Depois fizeram desenhos e pintaram sobre a música Samba na Areia.

Foi interessante esta experiência com os alunos ao apresentar para eles outro tipo de música, que eles não estão acostumados a ouvir. Segundo o texto da Revista Aplauso, Porto Alegre, ano 3, nº22, 2000. “A música brasileira aconteceu, e certamente acontecerá. Mas fora dos meios de comunicação, e certamente fora do Festival de Música Brasileira da Rede Globo.” Sendo assim a sala de aula se torna um espaço de aprendizagem onde a música brasileira pode acontecer, e nos professores estamos fazendo no nosso papel de trazer cultura para nossos alunos ao trazermos música que não seja as de interesse da mídia. A indústria transforma a música e os artistas em produto, esquecendo-se que a música faz parte da cultura.
Ao contar um pouco da história do compositor, eles demonstraram maior interesse em conhecer as demais histórias, e ao ouvir a composição de Pixinguinha eles adoraram, e queriam continuar a cantar, prometi que na próxima aula vou apresentar outro compositor e outra música. Eles também querem que eu imprima para eles a letra deste, para cantar em casa.

Explorei nesta atividade a música, a contação de história e a expressão corporal na dança (Teatro é expressão corporal).

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

SONHOS

E você, tem um sonho para sonhar?








Através da disciplina de Literatura estou aprendendo a gostar cada vez mais de contar e ler histórias para os alunos. Achei muito interessante e rica a história: “O Príncipe sem sonhos”, que estava no texto da disciplina de ludicidade, resolvi explorá-la com os alunos e descobrir seus sonhos, após a reflexão sobre a história, registrei o sonho de cada um. Propus uma atividade lúdica de construir com sucata algo relacionado com os seus sonhos. Eles adoraram a idéia, envolvendo-se na construção tão compenetrados, participativos e alegres, soltando a imaginação e a criatividade, construindo verdadeiras obras de artes. Aqui me refiro em obras de artes ao relembrar a visita na bienal do Porto do Cais, Mostra Conversas, no grupo de artista de Fernanda Laguna, Jorge Gumier Maier, Cecília Pavón e Alberto Greco, que apresenta suas obras usando sucatas. E que em artes tudo pode, depende do ponto de vista de cada um. Se você acha que algo é arte, então é. E eu acho que os alunos construíram é arte com sucata.


Os alunos construindo suas obras de arte.

E a surpresa maior foi a participação do aluno de inclusão, que faz uns quinze dias que está se adaptando na nossa escola, na turma do 1º ano, ele se apresenta agitado, participando pouco das atividades, e no momento em que começou a atividade de construção com sucata ele demonstrou interesse, ficando concentrado, recortando, colando e montando, por um bom tempo ficou envolvido nesta tarefa.
Nesta atividade envolvi os aprendizados que estou tendo nas disciplinas de Literatura Infantil, Ludicidade e Artes Visuais.
A grande maioria dos alunos não sonhara com coisa materiais e sim com sonhos mais voltados para o sentimento, eis alguns dos sonhos ditos por eles e registrados por mim: Que a minha avó vivesse para me ver crescer. Que meu irmão nasça perfeito. Ter um irmão. Que minha avó não estivesse doente. Fazer um piquenique com a minha família na floresta. Ser médico para curar as pessoas. Ser professora para ensinar as crianças. Morar na praia. Que eu e meu avô fossemos ricos. Claro que teve alguns que sonharam com uma casa nova, computador, moto, carro e um sítio com animais.
Estes sonhos vêm comprovar a citação do autor quando ele escreve que “..., por mais que interesses do mercado queiram moldar nossos desejos, estes são capazes de se libertar das amarras do capital uma vez que - humanos, somos passíveis de transformação. Somos sujeitos em movimento. E é isto que “O Principie sem sonhos” vem nos anunciar: a certeza de que haverá, sempre, estrelas no céu mesmo em tempos de chuva, basta querermos enxergá-las, basta o desejo e a vontade de ser feliz.”


terça-feira, 20 de novembro de 2007

BRINCANDO E SOLTANDO A IMAGINAÇÃO


BRINCAR DE CASINHA

Ao portunizar o momento do brinquedo livre na sala de aula, para a turma do 1º ano, percebi a organização dos alunos e suas preferências por determinados brinquedos. O que mais me chamou atenção foram as meninas montando a casinha e brincando com as bonecas, enquanto os meninos escolheram os jogos de montar.
Esta observação fez me voltar a refletir sobre a atividade da disciplina de Ludicidade e Educação e retornar a leitura do texto sobre Conceito de lúdico de Sá, Neusa M. C. Brincar de casinha e de boneca é uma atividade simbólica, cheio dos mais diversos significados, soltando à imaginação e imitando o mundo adulto. “O lúdico refere-se a uma dimensão humana que evoca os sentimentos de liberdade e espontaneidade de ação. Abrange atividades despretensiosas, descontraídas e desobrigadas de toda e qualquer espécie de intencionalidade ou vontade alheia.” Segundo a autora Sá, Neusa M.C.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

O FUTEBOL

FUTEBOL É UM JOGO?


Refletindo sobre a atividade da disciplina de Ludicidade e Educação e retornando a leitura do texto sobre Conceito de jogo - brinquedo - brincadeira de Sá, Neusa Maria Carlan.

“Negrine (1994) diz que jogar não é apenas uma atividade e sim uma atitude que emana uma vivência de sentimentos e sensações que nos fazem desvendar significados e tomar decisões.”
Sendo assim futebol é um jogo, ele proporciona a liberação dos sentimentos, extravasando angustias e colocando pra fora, suas mais inquietantes emoções. Há o convívio da alegria imensa do gol marcado, como da frustração do gol sofrido, sendo uma arena para aflorar os mais diversos sentimentos.
Em contraponto, o mesmo autor em 2000 afirma que “nem toda a atividade que a criança realiza deve ser considerada como jogo, pois para ele, o jogo pressupõe representação simbólica.” Neste sentido o futebol é tido apenas como uma atividade, sem representação simbólica.
Nas turmas que atendo de 1º ano, 2º ano e Segunda série, percebo claramente a organização espontânea dos meninos e meninas quando proponho o futebol: eles se subdividem, formam os times, dividem os lados e escolhem o juiz numa espécie de euforia harmoniosa para que tudo corra dentro das regras, mas de forma prazerosa.
O jogo não fica restrito só ao mundo infantil, o adulto também vive o lúdico e satisfaz certas necessidades através do jogo e da brincadeira, “o brincar não termina quando a infância acaba,” conforme a entrevista da Profª Tânia Ramos Fortuna ao programa da TV COM.



domingo, 18 de novembro de 2007

CANTANDO E DANÇANDO

DIA DO RIO DOS SINOS
DIA 16 DE NOVEMBRO





Foi escolhido este dia, em homenagem ao pioneiro ambientalista Henrique Luiz Roessler, nascido em l6 de novembro de 1896. Ele dedicou a sua vida em defesa do meio ambiente no Rio Grande do Sul.
Ao trabalhar com os alunos o Dia do Rio dos Sinos, resolvi explorar a música de Herrmann, Beto “Rio da Vida," que fala sobre o Rio dos Sinos, cantando e criando uma coreografia conforme a letra. Procurando explorar o que aprendi nas disciplinas de Música na Escola e Teatro.
Lendo o texto Porque você ouve tanta porcaria? De Ávila, Alison, Revista Aplauso, Porto Alegre, ano 3, nº. 22, 200. Conforme o autor “Por que os professores não tomam novas iniciativas?” “muitas vezes, para se conquistar ouvintes, basta apresentar-lhes a música.” Sempre procuro trabalhar com os alunos músicas que tenham ritmo, melodia e uma letra que transmite algo educativo. Diferente do que eles estão acostumados a ouvir, músicas vulgares e pobres. Conforme a professora Caldas, Rosa Maria da disciplina de Música “não adianta só apresentar a música, precisa-se fazer com que os alunos observem com atenção o ritmo, a melodia, os instrumentos e a harmonia.”
E ao criar uma coreografia, estou oportunizando aos alunos movimentar-se seguindo um ritmo, expressando e transmitindo a mensagem da música. Criança é movimento. Segundo Fuchs, Ana Carolina Muller no texto Formas de abordagem dramática na educação “O Movimento Criativo se apóia na experiência do movimento expressivo, principalmente no que se refere à dança e ao teatro.”
Meus alunos cantando e apresentando a coreografia conforme a letra da música.

sábado, 10 de novembro de 2007

SOLTANDO PIPA NO FESTIVAL DE PANDORGAS


O brincar não termina quando a infância acaba
Na interdisciplina de Ludicidade e Educação podemos perceber a importância do brincar desde a infância até a fase adulta, através das leituras e da entrevista da profª Tânia Ramos Fortuna ao Programa Comportamento da TV COM.

A sociedade moderna nos tirou o prazer da atividade lúdica, não nos deixando ser agentes da ludicidade, mas meros assistentes passivos, que “têm” prazer através das realizações daqueles “atores” que vivenciam as novas e as nossas emoções, deixando-nos cada dia mais estressados, neuróticos e apáticos, sentados em nossos sofás e assistindo o “fazer criativo” dos outros, cheguei a esta conclusão lendo o texto de Euclides Redin.
Mas quando temos oportunidade de soltar nosso lado criança, brincamos como se fossemos criança, liberando as emoções e nos envolvendo, participando de atividades lúdicas. Um exemplo disso: Eu vou soltar pipa com alguns alunos no morro do chapéu em Sapucaia do Sul, no Festival de Pandorgas. No ano passado soltei a minha pipa junto com eles, e como me diverti! Hoje dia 09/11/2007, já confeccionamos lindas pipas para concorrer, já estamos com os lanches prontos, além de empinar pipas vamos fazer piquenique, trilha na mata e no morro.
Eu particularmente como professora das séries iniciais, procuro trabalhar na ludicidade explorando tudo que é possível. Quase sempre me divirto brincando junto com os alunos cantando, dançando confeccionando, criando com sucata, fazendo trilhas e soltando pipas.
É sempre viável oportunizar espaços e momentos lúdicos, bastando ter boa vontade e romper com os padrões tradicionais que bitolam e “engessam” crianças e adultos.
Brincar é fundamental enquanto se brinca se resolvem conflitos, se libertam fantasias e se transformam mundos.
CONFECCIONANDO PIPAS









OLHA EU AI E ALGUNS ALUNOS SOLTANDO PIPA NO MORRO DO CHAPÉU

terça-feira, 6 de novembro de 2007

RELEITURA DA PINTURA DE TARSILA DO AMARAL " A FAMÍLIA"

Aplicando os conhecimentos adquiridos nas leituras da disciplina de Artes Visuais. Descobri com os alunos como é prazeroso trabalhar artes, que a partir do contato com as pinturas de alguns artistas, como Tarsila do Amaral, Verlázquez, Portinari, Renoir e outros, se tornam possível soltar a imaginação, criar, inventar e reinventar a arte de fazer arte, mesmo que não se tenha muitos recursos, podemos usar sucatas e materiais recicláveis. Trago como evidência as fotos dos alunos desenvolvendo a atividade e também o resultado da mesma.
O trabalho na integra pode ser visto no meu webfolio da disciplina de Arte Visuais.
fotos-da-aplicacao-da-proposta-atividade5-valeriasouza.doc
Aplicação da prosposta com os alunos da minha turma de Guardiões Ambientais
Coloquei diversos tipos de materiais, inclusive sucata, a escolha dos alunos, cada aluno escolheu com o que ia desenvolver a atividade.

A FAMÍLIA