quinta-feira, 21 de outubro de 2010

RETROSPECTIVA DO 6º SEMESTRE DO CURSO DE PEDAGOGIA A DISTANCIA DA UFGRS.

Eu já citei nas postagens anteriores que as interdisciplinas têm contribuído muito para a construção do conhecimento sobre os assuntos estudados. Tivemos a oportunidade de professores e alunos explorarem idéias e hipóteses, numa trocam de informações e conhecimentos de forma que o que já sabíamos se agregasse a novos conhecimentos e aprendizagens. Abaixo continuo destacando aprendizagens significativas para minha formação.

A partir das leituras propostas pela interdisciplina de Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História do Curso de Pedagogia. Eu passei a refletir melhor sobre minhas intervenções junto aos alunos, no momento em que aparece preconceito na sala de aula. Segundo PARÉ (s/d, p. 2) “O Preconceito Racial, nas piadas, apelidos, brincadeiras, risos zombeteiros ofensivos ao “SER NEGRO; [...]. A Discriminação na escola, reflexo dos preconceitos na sociedade brasileira”. Nós educadores somos formadores de opiniões, por isso devemos buscar atualizações sobre o assunto, participando de espaços de formação para professores, construindo conhecimento através de informações, aprendendo como trabalhar as diferenças. Assim contribuindo para a formação de opiniões e conceitos corretos em nossos alunos, para que através deles transformemos a sociedade numa sociedade mais fraterna e justa com princípios e valores morais corretos livres de pré-conceitos e racismos, seja ele qual for.
Percebo também que precisamos ampliar nossa percepção sócio-cultural em relação à história e cultura Afro-Brasileira e Indígena, amparado na contextualização da lei 11645/08, pois só temos uma minoria de pessoas que não têm em seus ancestrais uma descendência de alguma etnia. A população brasileira se formou, a partir da misturas de raças, com suas características, suas culturas e suas tradições. Nós não abordamos adequadamente a diversidade étnica na escola, de acordo com Petersen, Bergamaschi, Santos (s/d, p.3).

"Normalmente, quando a diversidade étnica é abordada na escola é mencionada a italiana, a alemã, a polonesa, ficando em segundo plano a portuguesa e com esta a açoriana, a africana e, sobretudo a indígena. Parece que nossas crianças, nossos jovens, nossos adultos não possuem ancestralidade indígena, tendo os cabelos lisos, a pele rosada, um jeito alegre e simples de ser e estar".

Minha aprendizagem construída através das fontes estudadas sobre a temática da interdisciplina de Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História. Enriqueceu e contribuiu ainda mais sobre como abordar esses assuntos na minha prática pedagógica.

Acredito que nós educadores precisamos aprender como trabalhar com as diferenças. Temos que estudar e estar preparados para a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais e a interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais contribuiu muito para adquirirmos mais conhecimento nesta área, estou ciente que vou sempre ter que continuar lendo e pesquisando sobre o assunto, pois o mesmo é muito abrangente e sempre é pouco o que sabemos.
Quando penso em inclusão acredito que a mesma se da na sala de aula desde o momento em que recebo um aluno que tem dificuldade de socializar-se no contexto da escola, como uma criança de rua, pobre, diferente do aluno ideal (muitas vezes idealizado pelo professor), com dificuldade de adaptação e aprendizagem mais lenta ou com necessidades educacionais especiais. Sei da importância de se ter um olhar diferenciado e individualizado para nossos alunos, respeitando o ritmo de cada um.
Conforme o Ministério da Educação a escola deve promover o acesso e o atendimento educacional especializado a todos os alunos com deficiência e necessidades especiais.

“Em 2003, o Ministério da Educação cria o Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade, visando transformar os sistemas de ensino em sistemas educacionais inclusivos, que promove um amplo processo de formação de gestores e educadores nos municípios brasileiros para a garantia do direito de acesso de todos à escolarização, a organização do atendimento educacional especializado e a promoção da acessibilidade.” Portaria nº 948/2007 (2008, p.9)

Na reflexão que faço em relação às leituras realizadas, percebo que toda a política educacional visa os direitos de todos, garantido por leis, apesar de muitas ficarem no papel e não saírem para a prática. Penso que uma prática ideal, depende muito dos interesses públicos, em propiciar condições físicas e financeiras, para que nossas escolas possam se adequar a um padrão moderno e de qualidade. Não se esquecendo dos profissionais da educação, incentivando-os na busca por formações e especializações, como também a valorização dos mesmos com uma remuneração digna de um educador, que arca com toda a responsabilidade da formação de uma cidadania com sujeitos ativos, críticos e com uma visão de futuro.

Na interdisciplina de Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II, através das leituras e atividades realizadas, aprendi que todos os desdobramentos em sala de aula devem advir da relação dialética entre professor-aluno.
Neste sentido não acredito numa prática voltada para conteúdos, repetições e transmissão de conhecimento acumulado ao longo de anos, e, meramente reproduzido. Nenhum aluno é totalmente ignorante, cada um traz consigo e em suas histórias de vidas, conhecimento a serem somados a novos conhecimentos, e nesta relação à aprendizagem irá se dar.
Baseada no texto de Becker (1992) eu posso afirmar que só existe aprendizagem quando advinda da soma de experiências, pois segundo ele: “aprendizagem é por excelência, construção; ação e tomada de consciência da coordenação das ações” (p.7). Tudo deve se complementar, neste sentido aprendizagem é um caminho de idas e vindas, e porque não, afinal quando voltamos, normalmente representamos os caminhos que percorremos.
Reforçamos nossos acertos e continuamos somando a eles novas descobertas; procuramos nos nossos erros uma relação construtiva que nos leve a retomar um caminho que nos conduza aos passos “certos”.
Essa teoria comprova que ninguém é detentor do saber e que o conhecimento não é algo estanque. Para Freire, apud Becker (1992, p. 9) “o professor, além de ensinar, passa a aprender; e o aluno, além de aprender, passa a ensinar. Nesta relação, professor e alunos avançam no tempo.”
Uma aprendizagem de sucesso acontece dentro de um ambiente que soma exigências a liberdade, que crê na integração do conhecimento é que principalmente respeita individualidades.

Ao retomar as leituras realizadas na interdisciplina de Filosofia da Educação, destaco o texto sobre Educação após Auschwitz, tendo haver com as reflexões feitas sobre as interdisciplinas desse semestre. Atualmente a mídia vem mostrando, debatendo e fazendo reportagens sobre o Bullyng nas escolas, não só no Brasil, analisando sobre o assunto, penso que não deixa de ser uma barbárie, que precisa ser combatido, debatido e trabalhado com os educandos. Acredito que a educação é primordial, para que o sujeito seja uma pessoa de bem, mas também não podemos esperar que a escola faça milagres, pois a família também tem que fazer a sua parte.
O que aconteceu na Alemanha, ainda esta presente na memória de algumas pessoas, infelizmente ouvimos notícias na mídia de que ainda existem simpatizantes do nazismo, de pessoas com preconceitos e racismo sobre o diferente, mesmo que seja oculto, seja sobre pessoas de etnias, deficientes, classe social ou pessoas de comportamentos diferentes (opções de modo de vida). A preocupação do autor é real. Não podemos deixar cair no esquecimento, ou simplesmente viver como se não tivesse acontecido, conforme Adorno (1974, p. 1) “Para a educação, a exigência que Auschwitz não se repita é primordial.” Ele nos coloca que precisamos educar, que “Devemos trabalhar contra essa inconsciência, devem os homens ser dissuadidos de, carentes de reflexão sobre si mesmos, atacarem os outros” Adorno (1974, p.2), através da educação a partir da primeira infância, sendo uma educação para auto-reflexão.
Quando Adorno (1974) coloca sobre a educação após Auschwitz, ele ressalta dois aspectos importantes à educação infantil e a primeira infância. O que concordo plenamente, se nossas crianças tiverem uma educação dentro do espírito de bem estar, de uma convivência pacifica afetiva, com amor, carinho e atenção por parte dos adultos, serão adultos equilibrados, talvez a tendência à violência e agressividade não apareça, ou seja, em escala muito menor. Pois a criança reproduz o que vivencia e posteriormente o adulto também. Adorno (1974), também coloca que deve haver um esclarecimento geral sobre os fatos e os motivos que levaram ao horror do holocausto, para que não se repita jamais na humanidade tal crueldade, que as pessoas sejam conscientes de seus atos. Que os povos saibam respeitar o território, as diferenças e as autonomias de outros povos. Segundo Adorno (1974, p. 2).

“Se falo da educação após Auschwitz, tenho em mente dois aspectos: primeiro, a educação infantil, sobretudo na primeira infância; depois, o esclarecimento geral, criando um clima espiritual, cultural e social que não dê margem a uma repetição; um clima, portanto, em que os motivos que levaram ao horror se tornem conscientes, na medida do possível.”

A solução é realmente trabalhar para que as pessoas tenham consciência do que ocorreu, para que não haja reincidência. A sociedade deve estar atenta para reprimir e combater, por exemplo, o Bullyng e outros atos que influência a grande massa negativamente.




REFERÊNCIAS


ADORNO, T. W. Erziehung nach Auschwitz, In: –. Stichworte; kritische Modelle 2. Frankfurt, Suhrkamp, 1974. Trad. por Aldo Onesti . EDUCAÇÃO APÓS AUSCHWITZ 

BECKER, Fernando. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. 1992. Disponível em:
http://livrosdamara.pbworks.com/f/Educacao_e_Realidade-1.pdf acesso em 10/10/2010

PARÉ, Marilene Leal - Auto-Imagem e Auto-estima na Criança Negra: Um Olhar sobre o seu - Desempenho Escolar. s/d. Disponível em:
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo6/etnico_raciais/auto_imagem_crianca.pdf acesso em 09/10/2010.

PETERSEN, Ana Maria, BERGAMASCHI, Maria Aparecida, SANTOS, Simone Valdete – Semana Indígena: Ações e Reflexões Interculturais na Formação de Professores. s/d. Disponível em:
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo6/etnico_raciais/semana_indigena.pdf acesso em 10/10/2010

POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Brasília - Janeiro de 2008 2. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria nº 555/2007, prorrogada pela Portaria nº 948/2007, entregue ao Ministro da Educação em 07 de janeiro de 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf acesso em 09/10/2010

sábado, 9 de outubro de 2010

RETROSPECTIVA DO 5º SEMESTRE DO CURSO DE PEDAGOGIA A DISTANCIA DA UFGRS.

Tenho buscado contribuir nas escolas em que trabalho como educadora através da minha participação nas reuniões administrativas e pedagógicas, com as aprendizagens adquiridas no curso de pedagogia.
Atualmente tenho mais conhecimento construído através das informações recebidas ao realizar analises e reflexões dos assuntos estudados nas interdisicplinas ao longo do curso, contribuindo para uma nova postura como profissional e como pessoa.
A interdisciplina de Psicologia da vida adulta contribuiu através das reflexões, leituras e atividades a conhecer um pouco mais sobre as fases da vida adulta. Da importância de se ter atitudes, com responsabilidade, serenidade e autonomia física e psíquica diante dos desafios da vida, demonstrando maturidade suficiente para enfrentar problemas e solucioná-los através de atitudes ponderadas e conscientes, principalmente quando desempenhamos o papel de educadora. A convivência em sala de aula nem sempre é fácil, pois convivemos com diferentes personalidades e realidades, onde muitas vezes aflora emoções fortes e sentimentos ambivalentes, com os quais não sabemos como lidar.
A relação do emocional se estabelece na convivência, na conversa, despertando diferentes tipos de comportamentos e reações, segundo Maturana e Zöller (2004 Apud Real, 2008, p. 4) “Ao viver, fluímos de um domínio de ações a outro, num contínuo emocionar que se entrelaça com nosso linguajar”. Percebo como as crianças sentem se estamos bem ou não, pois elas fazem uma leitura da nossa fisionomia, do nosso tom de voz e das nossas atitudes. Como educadores temos que ter cuidado com nossas ações, pois somos um exemplo para nossos educandos.
Aprendi como é importante as fases anteriores terem sido bem resolvidas, para que o adulto de hoje esteja preparado para enfrentar os desafios que vão surgindo nas demais fases da vida. Para não cometermos erros com nossos filhos e alunos precisamos entender e respeitar essas fases. Conforme Marques; Real e Picetti (2008, p.1)

"Em diferentes épocas da vida, seres humanos apresentam características diferentes. As várias etapas são marcadas por conflitos que lhe são próprios. Assim como a passagem da infância para a via adulta é marcada pelos conflitos da adolescência, a passagem da adolescência também se caracteriza por novas tarefas a serem realizadas. A cada passagem, há perdas, mas há ganhos. Para algumas pessoas predominam os sentimentos de perda e para outros predominam os sentimentos de ganho a cada etapa. Porém, o certo é que a passagem por cada etapa significa expectativas diferentes com relação à própria vida. "
Ao fazer uma reflexão sobre a contribuição da interdisciplina de Projeto Pedagógico em Ação na minha aprendizagem, descobri que a partir dos estudos realizados, comecei a desenvolver mais projetos de forma diferentes com os alunos, alguns do interesse dos alunos, outros direcionados para conteúdos a serem desenvolvidos. Sempre busquei oportunizar aos alunos aprendizagens significativas que despertassem o interesse dos mesmos, numa perspectiva de escola como espaço de aprendizagens, descoberta e inovações tanto do aluno como do professor. De acordo com Real (2008, p. 2)

"Nos PAs, o tema a ser estudado é levantado pelos alunos, de forma individual e em grupos, juntamente com os professores e a coordenação pedagógica. Na escolha dos assuntos, leva-se em consideração a curiosidade e os desejos dos aprendizes. As regras e diretrizes são elaboradas pelo grupo de alunos e professores. Ao professor cabe o papel de problematizador, de desafiador. O aluno é o agente do processo. A concepção presente é a da construção do conhecimento."

Continuo realizando projetos e trabalhos em grupo com os alunos e percebo o envolvimento deles, principalmente quando o assunto é do interesse deles e a formação dos grupos fica por conta deles. Eles elaboram regras e delegam tarefas entre si, realizando as atividades, pesquisando com interesse e entusiasmo. De acordo com Real (2008, p. 4) “Interagir em grupos enriquece o trabalho, pois cada um pode contribuir de maneira criativa e solidária para a realização de um projeto coletivo (uma rede) que, por sua vez, enriquece o pensamento e as relações entre os participantes.”
Dentro desta perspectiva de proporcionar aos alunos projetos de Aprendizagem significativa, torna-se importante a participação da comunidade escolar na construção do Projeto Político Pedagógico, para alcançar os objetivos pretendidos. Ao Fazer uma analise através dos estudos realizados nas interdisciplinas de Organização do Ensino Fundamental e de Organização e Gestão da Educação aprendi de como se faz importante a participação e fiscalização por parte da comunidade escolar na organização e gestão da escola. Ambas as interdisicplinas deixam clara essa importância.
As leituras e atividades contribuíram para a compreensão sobre o PPP e o Regimento Escolar, sendo esses instrumentos importantes para a transformação dos espaços de construção de uma escola democrática. No PPP estão expressos os objetivos e interesses de todos os segmentos da escola, e o Regimento Escolar é elaborado a partir dele, regulamentando a vida escolar: cada setor, como deve funcionar suas ações, suas organizações e suas gestões, para que se atinjam os interesses e objetivos em comum, respeitando a lei maior. Segundo Silva (2008, p. 1)

"É na construção do PPP que a comunidade escolar (Pais, Professores, Alunos, Funcionários) debate, discute e estabelece suas concepções de homem, de mundo, de sociedade, de conhecimento, de currículo, de avaliação e tantas outras, com o objetivo de criar referências e diretrizes próprias para as práticas que pretende implantar."

Através desta organização a escola ganha força e autonomia nas tomadas de decisões, na busca por recursos e nos critérios e utilização dos mesmos, como na organização de um ensino de qualidade, respeitando a realidade da comunidade local e as expectativas dos pais para a formação de seus filhos.
Como educadora ao planejar e avaliar diária a aprendizagem, eu procuro ter um olhar diferenciado e individualizado do aluno, respeitando as diferenças e o ritmo de cada um, tornando-se necessário buscar conhecimento, para qualificar minha prática pedagógica em sala de aula. Principalmente porque atualmente estamos recebendo alunos portadores de necessidades educacionais especiais com diferentes diagnósticos médicos, além dos casos de alunos que já temos na escola, que apresentam dificuldades na aprendizagem.
Os educadores precisam dar uma atenção especial e individual aos educandos, pois devemos assegurar as condições necessárias para que todos tenham acesso a uma educação de qualidade, respeitando as diferenças sejam elas quais forem. Segundo Silva, (2008, p. 1)

"O mesmo percurso deverá ser seguido para compor outras propostas curriculares específicas para o atendimento escolar de pessoas portadoras de deficiência, de povoamentos indígenas e de jovens e adultos que iniciam ou retornam à vida escolar. Sempre encabeçados, conforme cada caso, pelas diretrizes da educação infantil ou do ensino fundamental, os PPPs e um de seus desdobramentos que é o Plano de Estudos precisam ser complementados e enriquecidos pelas diretrizes específicas, a fim de garantir um atendimento justo e de qualidade para todos os alunos."

Nas escolas em que atuo procuramos contemplar na construção do Projeto Político Pedagógico, assim como no Plano de Estudo e no Plano do Professor, a maioria das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Nosso foco permanece buscando continuamente uma escola de qualidade para todos, através da construção contínua de uma Gestão Democrática, com a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar.



REFERÊNCIAS



MARQUES, Tania Beatriz Iwaszko., REAL Luciane Magalhães Corte, PICETTI, Jaqueline dos Santos. Introdução à Psicologia da Vida Adulta. 2008

REAL, Luciane Corte. Transformações na Convivência Segundo Maturana. 2008

REAL, Luciane Corte. Aprender com os outros interagindo nos projetos de aprendizagem. 2008

SILVA, Maria Beatriz Gomes da - Os Sistemas de Ensino e a Articulação entre as Diretrizes curriculares. 2008

SILVA, Maria Beatriz Gomes da – Organização Curricular da Escola e Avaliação da Aprendizagem. 2008. Disponível em:
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo5/organizacao_escola/modulo2/texto_base.pdf acesso em 09/10/2010

sábado, 2 de outubro de 2010

RETROSPECTIVA DO 4º SEMESTRE DO CURSO DE PEDAGOGIA A DISTANCIA DA UFGRS.

Relendo as postagens no meu Portfólio de Aprendizagem durante a minha trajetória acadêmica, percebo a diferença que está fazendo o embasamento teórico na minha prática pedagógica em relação aos planejamentos e a dinâmica de sala de aula, no momento em que integro a minha experiência com a prática e a teoria.
É através de alguns relatos que pretendo demonstrar minha aprendizagem fazendo essa retrospectiva do 4º semestre através das interdisciplinas de:
Representação do Mundo pela Matemática contribuiu através de suas leituras e atividades para que repensasse minha forma de ensinar e de perceber como o aluno aprende. Tive a oportunidade de realizar diversas atividades com os alunos sugeridas pelo professor Samuel desta interdisciplina.
Uma leitura que achei importante e destaco aqui foi: “A matemática da vida”, pois sempre busquei trabalhar com os alunos a partir de suas vivências (a matemática do seu cotidiano), concordo com Demo (2006) quando afirma a importância do saber pensar.

"A aprendizagem da matemática precisa adequar-se aos reclamos substanciais da dinâmica da aprendizagem, implicando pesquisa e elaboração própria, feitura de textos e principalmente habilidade de interpretação autônoma. Esta posição afasta-se drásticamente da matemática dos macetes e dos vestibulares, valorizando a matemática como expressão fundamental do saber pensar..."

Na postagem do blog no dia 26 de abril de 2008 “Aprendendo Matemática Brincando” destaco este entre tantas uma aplicação de aprendizagem com os alunos da Educação Infantil. Podendo ser visto na integra no endereço abaixo:
http://peadportfolio156797.blogspot.com/2008_04_01_archive.html

Também fez diferença na minha prática pedagógica a interdisciplina de Representação do Mundo pelas Ciências Naturais, principalmente sobre Ciclos da Natureza: Noções de Tempo e Espaço, uma atividade em que tive a oportunidade de trabalhar com uma nova visão sobre o assunto. Atividade esta que desenvolvi com os alunos, onde pude perceber o interesse e envolvimento dos mesmos ao realizá-las. O que pode ser comprovado visitando o blog do dia 25 de junho de 2008, ”Ciclos da Natureza” no endereço abaixo:
http://peadportfolio156797.blogspot.com/2008_06_01_archive.html
Nós não nos preocupamos com o tempo corretamente. Esquecemos que o nosso relógio biológico precisa de uma pausa para se restabelecer, para descansar. A natureza também precisa desta pausa, conforme Feldman (2008, p. 1) "Os Domingos Precisam de Feriados" "Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta."
Nesta perspectiva desenvolvi atividades, com os alunos, fazendo uma reflexão sobre o que fazemos com o nosso tempo.

Representação do Mundo pelos Estudos Sociais, através da proposta da professora Simone, para que organizássemos uma saída a algum ponto turístico. Eu e a colega Gisele B. Martins elaboramos um projeto: visitação aos pontos turísticos de São Leopoldo.
Optamos por fazer esta saída, pensando em experienciar uma forma mais efetiva de compreender estas relações de espaço e tempo, a persistência da memória, as lembranças individuais e coletivas, o ser um cidadão leopoldense, o que isso me caracteriza se for levado em conta todo o passado de quem aqui já habitou.
A partir deste projeto a E. M. E. F. Coelho Neto, em que trabalho, organizou uma saída com os alunos, ao Museu Visconde de São Leopoldo e a Casa do Imigrante localizada na Feitoria no Município de São Leopoldo. Este trabalho pode ser visto na postagem do blog do dia 07/09/2008, “Visita com os alunos no Museu e na Casa do Imigrante” no endereço abaixo:
http://peadportfolio156797.blogspot.com/2008_07_01_archive.html
Através do Seminário Integrador IV com o Plano Individual de Estudo, desenvolvi um plano integrando com a proposta da disciplina de Representação do Mundo pelos Estudos Sociais, com o que venho desenvolvendo nas minhas aulas de Educação Ambiental e com o grupo de Guardiões Ambientais.
Nossa vida é um processo contínuo de aprendizagem, conhecer o lugar em que vivo e outros lugares do mundo, histórias de pessoas que, como eu, também fazem história. História não é só passado, mas um conhecimento dele que nos permite vivenciar e construir o presente com o olhar no futuro com melhor qualidade de vida. Este trabalho pode ser visto na integra na postagem do dia 29/04/2008 no endereço abaixo:
http://peadportfolio156797.blogspot.com/2008_04_01_archive.html
Neste 1º semestre de 2008, as inter-relações entre as diferentes interdisciplinas contribuíram e ajudaram a perceber que existem muitas maneiras de interpretar, ler, representar e compreender os acontecimentos e fenômenos que fazem parte do nosso universo. O interessante deste semestre para mim foi as diferentes formas de abordagem de como trabalhar os conceitos de espaço e tempo, ampliando e aprofundando o meu entendimento, assim contribuindo para modificações significativa na minha prática pedagógica.


REFERÊNCIA

DEMO, Pedro. Leitores para sempre. Editora Mediação, Porto Alegre - 2006.

FELDMAN, Dr. Alexandre. Os Domingos Precisam de Feriados. 2008. Disponível em http://www.enxaqueca.com.br/blog/?p=149 acesso em 28/09/2010.