sexta-feira, 15 de maio de 2009

SOMOS TODOS BRASILEIROS CADA UM DO SEU JEITO












TRABALHANDO SOBRE ETNIAS COM ALUNOS DO SEGUNDO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS.

Planejei esta aula a partir das leituras propostas pela interdisciplina de Questões Étnico-Raciais na Educação Sociologia e História do Curso de Pedagogia da UFRGS à distância.

Iniciei a aula com os alunos ouvindo a música “Aquarela” de Toquinho. Após dialogamos sobre a mensagem que ela transmitia sobre as cores.
Distribui uma folha e pedi que fizessem o seu auto-retrato. Após dialogamos sobre nossas aparências. Pedi que fossem dizendo a cor dos cabelos, dos olhos, da pele, com quem eles se pareciam. Explorei com eles o texto “Quem somos afinal?”.

“Uma fusão de raças e culturas que já dura meio milênio deu aos brasileiros traços e personalidade próprias. Mas basta olhar mais de perto para perceber que, apesar de tudo, não perdemos contato com as raízes de nossa formação”. Romanini, (1998) p. 62

Este texto traz uma abordagem sobre a contribuição de todos os povos que aqui chegaram para a formação do povo brasileiro, cada um do seu jeito.

Distribui revistas aos alunos, também dei um quadrado de papel pardo, pedi que recortassem pessoas de todas as etnias desde índios, negros, japoneses, alemães etc. O que eles encentrassem na revista e montassem um mosaico. Inspirei-me na atividade proposta pela interdisciplina citada anteriormente.

Colocamos os trabalhos no mural. Fiz questionamentos sobre as pessoas que compõem o mosaico que eles montaram? Se todos eram brasileiros? Uns responderam que sim outros ficaram na dúvida, justificando sua resposta ao dizer que uma ou outra era japonês ou alemão, mas usei contra-argumentos, para desequilibrar suas dúvidas e certezas.

Retornei com a leitura do texto “Quem somos afinal?

“Apesar dos contrastes de paisagens, das raças diferentes e até dos abismos sociais, conseguimos formar um só povo” Romanini, (1998) p. 64

“A cultura indígena foi a base para o surgimento dos tipos regionais. Essa dívida, porém, ainda não foi reconhecida.” Romanini, (1998) p. 66

“A chegada dos portugueses deu início à mesclagem das raças no Brasil. Que nunca mais parou.” Romanini, (1998) p. 68

“A vida na cidade não destruiu as nossas raízes culturais. Elas continuam a existir, ainda que um pouco camufladas.” Romanini, (1998) p. 70


Pedi aos alunos que comparasse a cor da sua pele com a de seus colegas, perguntei se todas eram iguais? Eles responderam que não.
Coloquei para eles que cada um tem a pele de uma cor e cada um com a sua beleza única.

Retornei a música “Aquarela” e conversamos sobre a beleza das cores, e das cores que podemos criar ao misturar uma ou mais cores.

Todas as atividades desenvolvidas na escola, nós procuramos envolver toda a turma inclusive o aluno portador de Necessidades Educaionais Especiais. Nesta atividade não foi diferente, ele participou do seu jeito dentro do seu ritmo de aprendizagem, contribuindo com sua participação e envolvimento.













REFERÊNCIAS

Revista Terra – junho 1998 – Retratos do Brasil – Texto de ROMANINI, Vinícius p. 62

Um comentário:

Geny disse...

Olá aluna Valéria a partir de hoje vou fazer parte dos comentários no seu portfólio, Achei muito interessante os seus registros os mesmos são documentados com fotos, dá para se perceber a aplicabilidade em sala de aula, suas colocações apresentam clareza e objetividade.
Obrigada por suas postagens!
Um grande abraço,
Professora Geny Schwartz da Silva
PEAd/FACED/UFGRS