segunda-feira, 19 de abril de 2010

MINHAS APRENDIZAGENS


Esta semana decidi escrever um pouco a respeito de minhas aprendizagens, mas me direcionando ao papel da família. Quando falo de família refiro-me a minha própria família e a dos meus alunos.
Assim quero hoje destacar que a aprendizagem se dá por todo tempo em diferentes momentos, mas não cessa. Aprendemos o tempo todo. Segundo Lindgren (1977, p.86) “...pais e professores estão sempre ensinando simultaneamente...”
Na família assim como na escola, a criança vai retendo o que vivencia, especialmente em termos de sentimentos, o que seus pais e professores sentem e expressam com relação à vida que vivem, que gostariam de ter, como percebem a aprendizagem, e a importância que dão ao conhecimento, assim como demais valores arraigados, que trazem conscientemente ou inconscientemente para sua vida diária.
Nós conseguimos ao longo de nossa vida esquecer muitas noções, conceitos e regras que alguns professores tentaram nos ensinar, mas jamais esquecemos o jeito das pessoas, a forma como nos tratavam: dóceis, amargos, rudes ou amáveis, etc.
As atitudes da nossa família e da nossa escola deixam em nós marcas para o reto de nossas vidas. Dessa forma no meu papel de educadora tenho tentando a cada momento fazer o trabalho com meus alunos engajando a família, trazendo-os para dentro da escola para compartilhar vivências, conquista e desafios.
A aprendizagem passa necessariamente pela família.
No lugar que ocupo enquanto aluna da pedagogia, tenho buscado também na família o respaldo, a compreensão e a força para enfrentar meus anseios, minhas dificuldades e dividir minhas vitórias. Neles tenho encontrado o apoio necessário, o encorajamento e as palavras “certas” que me impulsionam a ir além e não desistir. Penso, e não consigo imaginar “se fosse o contrário?” Será que meu desejo de aprender seria o mesmo? Acredito que não!
Já no lugar de professora coloco-me no papel de facilitadora, priorizando o respeito, a confiança e o afeto, estabelecendo com os alunos e seus familiares uma relação sincera e interessada, pois não há aprendizagem com família e escola dissociadas.


REFERÊNCIA


LINDGREN, Henry Clay. Psicologia na sala de aula; o aluno e o processo de aprendizagem. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos. 1977, 2 vols.V.

Um comentário:

Catia Zílio disse...

Olá, Valéria!
Concordo contigo que "As atitudes da nossa família e da nossa escola deixam em nós marcas para o resto de nossas vidas.", porém acredito que podemos transformar estas marcas a partir da identificação e da reflexão sobre as marcas que carregamos. O que achas?
Em teu caso, eu diria que pesquisando aqui em teu portfólio encontraríamos muitas evidências destas transformações.
Abraços, Cátia