Eu trabalho com projetos nas duas escolas. Todo inicio de ano tenho que elaborar um projeto dentro das perspectivas da escola, procuro ouvir os alunos, para elaborar o projeto dentro do interesse dos mesmos. Quando os alunos participam da elaboração do projeto, demonstram maior interesse, participação e alegria ao desenvolverem as atividades. O projeto é montado com um tema mais abrangente, dentro deste projeto vai se desenvolvendo pequenos projetos com sub-temas ou assuntos que despertaram o interesse do grupo relacionado ao tem central. Ficando o projeto flexível e sujeito as mudanças no meio do caminho.
Estamos trabalhando este ano, por exemplo: O projeto sobre Meio Ambiente com o tema: Mudanças Climáticas – Produção e consumo – qualidade de vida. Sub-temas: horta – alimentos sem agrotóxico – adubação orgânica – aproveitamento dos alimentos saudáveis – higiene – separação do lixo – mudanças de hábitos – atitudes positivas – arborização – ajardinamento – preservação ambiental etc. Dentro dos objetivos do projeto. Inclusive já fiz postagens anteriores neste blog, com o desenvolvimento deste projeto Mudanças Climáticas.
A nossa horta está em pleno vapor, já fizemos colheitas de alface, rúcula e couve-chinesa, os alunos levaram as verduras colhidas para suas casas. Também fizemos oficina de culinária, preparamos salada natural e provamos e aprovamos a receita. Além disso, nós plantamos árvores e flores no pátio da escola, separamos o lixo orgânico do refeitório e fizemos compostagem. Também temos caixas nas salas de aulas para recolher papéis usados, que são vendidos e o retorno financeiro é aplicado na horta.
Nós além das aulas práticas nos reunimos para estudarmos e pesquisarmos os assuntos relativos ao projeto. Montamos murais sobre os assuntos em questão, para que os demais alunos da escola tomem conhecimento dessas informações e nos ajudem a transformar o ambiente escolar num lugar melhor.
Temos autonomia na escola de montar e trabalhar com projetos dentro do temas transversais conforme os PCNS. Aqui vale lembrar da interdisciplina de Organização e Gestão da Educação, quando fala das competências municipais, refiro-me aos textos que li sobre Sistemas de Ensino, Responsabilidade das esferas de governo para com a educação e Federalismo e Descentralização da autora Nalú Farenzena.
“Cabe ao CNE elaborar as diretrizes curriculares das etapas e modalidades da Educação Básica.”
“É certo que os órgãos normativos de cada sistema de ensino podem complementar essas diretrizes nacionais. Mas, como diz a palavra, podem complementar, sem, contudo, contraditar as normas nacionais.” FARENZENA, Nalú
Também vale lembrar da interdisciplina de Organização do Ensino Fundamental, e da leitura que fiz do texto sobre A Gestão Democrática como Modelo Institucionalizado de Administração da Educação da autora Neusa Chaves Batista.
“A realidade pode ser mudada só porque e só na medida
em que nós mesmos a produzimos, e na medida em que
saibamos que é produzida por nós (Karel Kosik)” Abuts de BATISTA, Neusa Chaves
“gestão democrática, por sua natureza, é um processo que implica mudanças no ambiente escolar pressupondo a idéia de participação, isto é, trabalho associativo e cooperativo na tomada de decisões promovendo plenamente um ensino de qualidade para todos os educandos.”BATISTA, Neusa Chaves
Quando fala da organização escolar através da participação de toda a comunidade escolar. Nós quando elaboramos os projetos, contamos com a participação de todos, procurando contemplar os interesses e expectativas da comunidade escolar, partindo da sua realidade e com o projeto melhorar o que precisa ser melhorado. Com a horta escolar já estamos atingindo alguns pais, com a sua participação no projeto e através das informações que os filhos estão levando, alguns já estão motivados e construindo hortas em suas casas, outros demonstraram interesse na compostagem dos restos orgânicos. E o mais importante é que os colegas professores, funcionários e alunos estão envolvidos e participando juntos.
AQUI FOTOS DE ALGUMAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA ESCOLA, DENTRO DO PROJETO MUDANÇAS CLIMÁTICAS:
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2 comentários:
Oi Valerinha!
Achei muito interessante e bela a tua reflexão em torno de tua própria experiência sobre projetos.
E, o mais interessante, é que estás tentando articular a teoria estudada no pead com a tua prática docente diária - e estás vendo relação.
Quanto às citações, coloco algumas observações para contribuir, de forma positiva, com a estrutura formal do teu texto:
Quando a citação não é direta da autora, quando só queres falar das idéias dela, então não precisas colocar no formato SOBRENOME, Nome.
Por exemplo:
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Temos autonomia na escola de montar e trabalhar com projetos dentro do temas transversais conforme os PCNS. Aqui vale lembrar da interdisciplina de Organização e Gestão da Educação, quando fala das competências municipais, refiro-me aos textos que li sobre Sistemas de Ensino, Responsabilidade das esferas de governo para com a educação e Federalismo e Descentralização da autora FARENZENA, Nalú
NESTE CASO, NÃO PRECISAS COLOCAR NO FORMATO "SOBRENOME, Nome", pois não estás te referindo a um escrito da autora.
Podes, simplesmente, colocar
[...] da autora Nalú Farenzena.
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“Cabe ao CNE elaborar as diretrizes curriculares das etapas e modalidades da Educação Básica.”
“É certo que os órgãos normativos de cada sistema de ensino podem complementar essas diretrizes nacionais. Mas, como diz a palavra, podem complementar, sem, contudo, contraditar as normas nacionais.” FARENZENA, Nalú
QUANDO É UMA CITAÇÃO DIRETA DA AUTORA, ENTÃO DEVES COLOCAR, NO FINAL DA CITAÇÃO (FARENZENA, ANO, PÁGINA).
Somente no final do texto, deve ter a referência completa - como fonte bibliográfica - neste formato:
FARENZENA, Nalu. Nome do texto. Cidade: editora, ano.
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As mesmas duas observações que eu coloquei acima, se repetem nas próximas citações.
Espero que eu tenha ajudado...
Beijão no coração
E parabéns pela belíssima reflexão.
Suelen - tutora da sede - Seminário Integrador V
Excelente teu depoimento, Valéria! É gratificante encontrar nas discussões teóricas a fundamentação de nossas ações bem realizadas, não é mesmo?
Sem dúvida alguma, envolver a comunidade escolar é um passo fundamental para a democratização.
Um grande abraço, Gláucia.
Tutora - Org. Ens. Fundamental
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